“O ser humano tem vindo a modificar plantas e animais desde o Neolítico”, afirmou, razão pela qual é agora ‘necessário dispor de um quadro legal para utilizar este tipo de ferramenta com transparência’.
Segundo ele, o 'Crispr' é um sistema utilizado por bactérias para se defenderem de vírus, desta forma, “incorporam informação genética do vírus e têm um sistema, o chamado ‘Crispr’ que lhes permite identificar uma sequência muito específica e cortá-la”. Segundo o especialista, este tipo de edição “permite fazer modificações localizadas muito rapidamente e as novas variedades são produzidas de forma cirúrgica e precisa e não de forma aleatória”.
A utilização desta ferramenta de edição genética pode beneficiar, sobretudo, os setores dos suínos, do vinho e do azeite. No caso do primeiro, pode modificar a percentagem de gordura em novas raças de porcos ibéricos, enquanto no vinho estão a ser desenvolvidas estirpes resistentes a fungos e no azeite pode ajudar a combater o vírus Xylella.
Mulet instou a União Europeia a legislar no sentido de criar um “quadro jurídico transparente” sobre a utilização destas ferramentas, porque “há muitos países que já as utilizam, como o Reino Unido, que começou a aplicá-las quando saiu da União”, alertou.
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