O Congresso da Indústria 4.0 apresentará experiências industriais sobre como melhorar a eficiência, a sustentabilidade e a produtividade neste setor.

À semelhança de muitos setores industriais, a indústria alimentar e de bebidas também está a passar por um processo de transformação rumo à digitalização e à Indústria 4.0. A automatização e a robotização das instalações de produção na indústria alimentar, juntamente com a incorporação de tecnologias avançadas como a IA, não só melhoram a eficiência operacional e reduzem os custos, como são essenciais para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos, ser mais sustentável e adaptar-se à evolução das exigências dos consumidores. Neste contexto, a nona edição das Advanced Factories, o evento de automação, robótica e Indústria 4.0, centrar-se-á na forma como a indústria alimentar pode tirar partido destas tecnologias para melhorar a produtividade das suas unidades de produção.

De 8 a 10 de abril, executivos de empresas líderes no sector da alimentação e bebidas partilharão as suas experiências industriais no Congresso da Indústria 4.0 perante os mais de 30.000 profissionais presentes. É o caso de Beatriz Font, da Coca-Cola Europacific Partners, que abordará a forma de incorporar a sustentabilidade sem afetar a produtividade e os resultados económicos das empresas.

Nesta procura de melhoria da eficiência na indústria alimentar, a integração da cadeia de abastecimento é fundamental para a otimizar e aumentar a rastreabilidade. Para tal, Jesús Soler, COO do Grupo Agora (proprietário das cervejas Ambar e Moritz, Agua de Lunares, entre outras), partilhará as melhores práticas para integrar todos os elos da cadeia, desde a produção à distribuição, utilizando tecnologias avançadas para melhorar a visibilidade e a capacidade de resposta. Arnau Abarca, diretor de Inovação do Soleti Group, uma empresa especializada em soluções de rotulagem, identificação e rastreabilidade industrial, que está a desenvolver soluções baseadas em IA para reduzir os custos no setor da restauração e, ao mesmo tempo, reduzir o desperdício alimentar.

A rastreabilidade de todo o processo de produção é essencial na indústria alimentar, e é tão importante na distribuição alimentar como na produção. Nas instalações de produção, as torres de controlo das instalações estão a transformar a forma como os fabricantes monitorizam as suas operações, fornecendo informações em tempo real para a tomada de decisões. Emilio Angles, líder de Desenvolvimento da Indústria 4.0 na Kellanova (uma nova marca da conceituada Kellogg's), irá partilhar a forma como estas torres ajudam as empresas a melhorar a eficiência, a reduzir custos e a atingir objetivos de sustentabilidade.

No entanto, o sucesso deste processo de transformação para a digitalização e automatização das fábricas é difícil de alcançar sem uma estratégia clara dentro da empresa que venha da gestão de topo. Neste sentido, Néstor Nava, diretor geral da Pastas Gallo, analisará como o papel do CEO vai além de se concentrar apenas na estratégia de negócios, mas deve ser capaz de compreender e aplicar as novas ferramentas digitais que estão a impulsionar uma mudança na produção.

O setor alimentar apresentará as suas histórias de sucesso em matéria de automatização industrial.

Para além das experiências industriais da Coca-Cola Europacific Partners, Grupo Agora, Pastas Gallo e Kellanova no sector da alimentação e bebidas, o Congresso da Indústria 4.0 contará também com outros casos de sucesso de outras indústrias que partilharão como estão a transformar as suas fábricas de produção com a incorporação de soluções de automação, robotização e tecnologias da Indústria 4.0. É o caso de empresas do setor automóvel como a Stellantis, Michelin, Seat Cupra, Nissan, Gestamp ou Mercedes-Benz, do setor químico e farmacêutico como a Almirall, Novaltia, Basf ou Hipra; ou de outros setores como a BSH electrodomésticos ou a empresa energética Moeve, entre outras.