Com um total de 4,5 milhões de caixas de vinho engarrafado exportadas em outubro de 2024, o Chile é o quarto maior exportador de vinho do mundo, de acordo com a organização Wines of Chile. O Brasil foi o principal destino dos vinhos chilenos em outubro, seguido do Reino Unido e da Coreia do Sul.
“Sempre gostei da combinação da natureza e da vinha com o lado artístico. Na vinificação há muita arte, usamos os sentidos para criar um novo vinho e combinamo-los com a engenharia, o planeamento e os números”, acrescenta o enólogo.
“Na safra de 2021 tivemos um clima muito equilibrado na hora certa, com muita chuva e boas temperaturas que nos permitiram chegar ao final da colheita com um grande vinho”, diz Tirado.
A imponente Cordilheira “protege” a vinha de variações climáticas extremas, mas o impacto crescente da crise climática levou-os a implementar uma vinha solar experimental em 2018, que fornece informações valiosas sobre a relação entre orientação e densidade de plantação no cultivo da vinha.
“Dá-nos muita informação sobre temperatura, água, radiação solar e permite-nos aplicar os resultados na vinha velha para a adaptar melhor a diferentes condições climáticas”, explica o enólogo.
Composta por 60 filas de videiras de 15 metros de comprimento, plantadas a 50 centímetros de distância no centro e a 200 centímetros no perímetro, a vinha segue um padrão radial e uma condução vertical das videiras.
“Esta vinha solar vai orientar-nos sobre como conseguir, por exemplo, uma melhor absorção de água no solo e uma utilização mais eficiente deste recurso, obter os compostos fenólicos mais elevados e de melhor qualidade no vinho, bem como aumentar a biodiversidade que rodeia as vinhas”, conclui o enólogo.
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