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Diretriz EHEDG 51: aspetos de projeto higiénico para limpeza de tanques e recipientes na indústria alimentar

Seção Regional do EHEDG em Portugal, Departamento de Engenharia Alimentar, Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve28/11/2024

A Diretriz 51 oferece uma compreensão básica do projeto higiénico dos dispositivos de limpeza de tanques e de limpeza dos próprios tanques. Juntamente com uma ferramenta para ajudar na seleção inicial da tecnologia a usar. O documento ilustra os princípios de limpeza, o custo total do dimensionamento e instalação de dispositivos de limpeza de tanques, bem como os princípios de funcionamento, considerações especiais e possíveis problemas de projeto.

Bo Boye Busk Jensen, Engenheiro de P&D (Alfa Laval Hygienic Fluid Handling)...
Bo Boye Busk Jensen, Engenheiro de P&D (Alfa Laval Hygienic Fluid Handling), Presidente do Grupo de Trabalho EHEDG ‘Limpeza de Tanques’

O que é que diferencia a limpeza de tanques da limpeza CIP convencional de sistemas de tubagens? Explicado por Bo Boye Busk Jensen, o presidente do Grupo de Trabalho EHEDG ‘Limpeza de Tanques’: "esta nova Diretriz EHEDG aborda uma parte específica do processo CIP: os tanques que são usados em toda a indústria para vários tipos de processamento de alimentos. Em comparação com a limpeza CIP de sistemas de tubagens, a limpeza CIP de tanques é mais desafiadora, porque é muito mais difícil obter uma força mecânica consistente nas superfícies internas dos tanques e cubas do que nas paredes internas das tubagens, onde muitas vezes a pressurização dos fluidos de limpeza é suficiente para obter resultados eficazes."

"Para qualquer tipo de limpeza de tanques, é necessária uma bomba de abastecimento para o dispositivo de limpeza deste equipamento que fica na parte superior do tanque”, continua Jensen a explicar. Um dispositivo de pulverização estática é o método tradicional para a limpeza de tanques. Aplica-se uma pressão de cerca de 2 bar ao dispositivo de pulverização estática, que vai molhar ao mesmo tempo toda a superfície do tanque gerando o que é conhecido como “zona de pegada” tradução do inglês, “footprint zone”. Com o pulverizador rotativo, podem existir algumas ranhuras na cabeça rotativa esférica. Quando a água passa, a esfera começa a girar e espalham-se cortinas de gotículas, atingindo a superfície do tanque, para que parte do tanque seja limpa. Este padrão de limpeza é então girado a uma determinada velocidade, dependendo do design do dispositivo de pulverização. Devido ao maior impacto das gotas nas áreas sujas, a limpeza é mais eficaz. A cabeça de jato rotativo possui quatro jatos assentados numa cabeça de bico, e o design da máquina faz com que o bico gire num padrão oitavado, removendo a sujidade com jatos de alta pressão que viajam a uma velocidade de cerca de 30 m/s com uma pressão de 5 bar gerando limpeza não só na zona de impacto, mas também na ‘zona de pegada’. A limpeza ocorre sob tensão de corte em paredes altas, oferecendo um nível mais elevado de limpeza da sujidade que fica retida na superfície. É utilizada menos água, porque o tempo e os caudais são reduzidos.

As camadas de sujidade encontradas nos tanques podem variar amplamente em composição e estrutura, dando origem a diferenças no mecanismo de limpeza utilizado e na eficácia da limpeza. "Depende muito do produto que é processado nos tanques. No caso do leite desnatado que não secou na superfície, um dispositivo de pulverização estático pode proporcionar uma limpeza fácil e adequada. Para aplicações com mais sujidade, pode ser utilizado o pulverizador rotativo. Na diretriz incluímos uma tabela com cenários de sujidade fácil, média e intensa e diferentes focos (economia de água, tempo e energia)."

Nos últimos anos, temos trabalhado muito no impacto dos jatos de líquidos usados para limpeza. Portanto, quando este Grupo de Trabalho foi criado, foi bastante simples. Esta é uma equipa na qual gostaríamos de estar envolvidos! A limpeza consiste em determinar o que irá reger as atrações de um material. O material será atraído para si mesmo ou para a superfície? E como se pode alterar essa atração? Principalmente se se quiser que saia da superfície, pode usar-se mais força, mais energia e mais água. Se se conseguir obter as condições de solução corretas, como pH ou temperatura da água, pode-se evitar o uso de níveis muito elevados de produtos químicos. No entanto, os agentes químicos são necessários para materiais que aderem às superfícies.
Traduzido por Margarida Vieira, presidente da Secção Regional do EHEDG em Portugal

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