Marcas concorrentes, como a Bellissimo, Delta Q e Gonga da Delta Cafés, Torrié da José Maria Vieira, Chave d’Ouro, Nicola e Segafredo da Massimo Zanetti, Buondi, Nescafé Dolce Gusto, Nespresso, Sical e Starbucks da Nestlé Portugal, Gogani da NewCoffee, e UCC da UCC Coffee uniram-se de forma proativa e pioneira em prol da recolha e reciclagem de algo essencial no seu negócio: as cápsulas de café.
O projeto teve início em 2019, com o desenvolvimento de estudo e culminou com a apresentação da RECAPS – Sociedade para a Recolha e Reciclagem de Cápsulas de Café. O objetivo? Levar a reciclagem até à porta (ao município) de todos os consumidores de cápsulas de café em Portugal.
Hoje a entidade conta com cerca de 200 “Capsulões” distribuídos por 15 municípios - Almada, Aveiro, Braga, Cascais, Cantanhede, Condeixa, Famalicão, Guimarães, Lisboa, Mafra, Moita, Montemor-o-Novo, Oeiras, Proença-a-Nova e Seixal. O objetivo é, até ao final do ano, estar presente em mais 20 municípios.
Como explicou a organização, a separação dos materiais das cápsulas recolhidas no âmbito do projeto RECAPS será realizada por entidades recicladoras especializadas, como a Bio4plás e a Saica.
Um processo que começa pela remoção da borra de café, que pode ser utilizada para compostagem ou como aditivo agrícola. Segue-se o alumínio e o plástico, que uma vez separados são encaminhados para reciclagem, onde são transformados em novos produtos. O plástico pode ser reutilizado, por exemplo, na produção de mobiliário urbano, como cadeiras e mesas de esplanada, enquanto o alumínio pode ser reciclado, por exemplo, para criar estruturas metálicas.
Cláudia Pimentel, Secretária-Geral da AICC, reforçou o trabalho feito entre as várias empresas e acrescentou que “estamos comprometidos, e não abrimos mão, em levar a reciclagem de cápsulas a todos os consumidores e, com isso, contribuir para a redução de resíduos e para a melhoria das metas de reciclagem a nível nacional”.
Hugo Silva, da Comissão de Sustentabilidade, por seu lado, referiu que todo o processo assenta em três pilares: as empresas e marcas que financiam o sistema; os municípios que colocam os pontos de recolha de proximidade; e os consumidores.
No final o objetivo é “criar facilidade de recolha e aproveitar as infraestruturas existentes”, acrescentou referindo que o sucesso do Recaps vai permitir fomentar a economia circular o que concerne ao alumínio, ao plástico e às borras de café.
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