A ACIP quer que o pão seja valorizado, não apenas como um alimento, mas como um elemento cultural e tradicional.
O setor do pão enfrenta dificuldades. No final de 2022 existiam cerca de seis mil empresas, representando mais de 22 mil empregos. Em 2023, cerca de 8,9% das padarias em Portugal encerraram a sua atividade.
“Estes números refletem as dificuldades enfrentadas pelo setor, como o aumento dos custos de produção, a falta de mão de obra qualificada e a concorrência intensa”, avança a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) a propósito do Dia Mundial do Pão.
A associação recorda ainda que maioria das empresas é de dimensão reduzida e mais de 85% dos operadores têm menos de 10 empregados.
A falta de mão de obra e o aumento dos custos de produção afetam a atividade e a sustentabilidade das padarias e podem refletir-se nos preços do pão, tornando “ainda mais urgente a valorização deste produto essencial”, avisa a associação.
A ACIP pede o reconhecimento e valorização do Pão, não apenas como um alimento, mas como um elemento cultural e tradicional. “Apoiar a atividade da panificação é crucial para preservar esta herança e garantir que o pão continue a ser um alimento acessível e de qualidade para todos”.
A ACIP recorda que o pão, símbolo de sustento e tradição, ocupa um lugar especial nas mesas e cultura portuguesas e é um dos pilares da alimentação no país, presente em todas as refeições e apreciado por todas as gerações.
Este alimento é rico em nutrientes e versátil, proporcionando energia e bem-estar, sendo uma escolha saudável e acessível para todos. No dia Mundial do Pão a associação aproveitou também para homenagear os padeiros que com “o seu trabalho árduo e paixão”, garantem que o pão fresco chega aos portugueses todos os dias. A arte de fazer Pão é uma tradição que passa de geração em geração, mantendo viva a essência da cultura gastronómica portuguesa.
O Dia Mundial do Pão comemora-se a 16 de outubro, todos os anos.
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