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Slow Food defende educação alimentar durante o festival Terra Madre, em Turim

02/10/2024

Cinco dias de atividades de consciencialização no Terra Madre, um primeiro passo para mobilizar a mudança para uma alimentação mais saudável e amiga do ambiente.

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A educação alimentar, um dos três pilares da missão da Slow Food, junto com a defesa da diversidade biológica e cultural e da advocacia, esteve presente nos inúmeros eventos (mais de mil) que tiveram lugar durante esses cinco dias, entre 26 e 30 de setembro, no Terra Madre Salone del Gusto 2024,um evento internacional sobre alimentação e políticas alimentares, em Turim, na Itália.

A Slow Food acredita que, ajudando crianças e adultos a entender de onde vêm os alimentos, como foram produzidos e por quem, eles podem aprender a combinar prazer e responsabilidade nas suas escolhas diárias, reconhecendo a importância cultural e social da comida. A rede educacional internacional da Slow Food está cada vez mais ativa, diz a organização em comunicado.

As hortas escolares são uma excelente ferramenta de aprendizagem, porque envolvem os alunos, que aprendem experimentando e dando oportunidade à abordagem dos temas da educação alimentar e ambiental, perda de biodiversidade e crise climática. Graças às hortas, as crianças estabelecem um contato com a natureza, tornam-se mais conscientes sobre os sistemas de produção de alimentos e conhecem os produtos alimentares e as tradições culinárias locais.

Kim Aman, delegado do Terra Madre, membro do grupo de educação e professor da rede de hortas dos EUA, afirma: “trabalhamos com 7.000 crianças por mês, em vários distritos escolares”. Além disso, “as hortas escolares são uma ferramenta extraordinária para ensinar às crianças sobre o meio ambiente, a comida, a comunidade”.

A educação alimentar passa pela sala de aula, mas também por mercados de produtores, incluindo os Mercados da Terra Slow Food, que têm o propósito de consciencializar os consumidores.

Richard Mc Carthy, membro do Conselho da Slow Food, afirmou: “os mercados de produtores colocam os agricultores em contato direto com os consumidores, num ambiente público que é uma plataforma de aprendizado e partilha. O objetivo do mercado de produtores Slow Food é ensinar aos consumidores práticas tradicionais e inovadoras dos agricultores que trabalham segundo um conjunto de valores com o objetivo de preservar a biodiversidade, a terra, as famílias que cultivam”.

Kate Smith, consultora de economia circular e educação alimentar em cidades como Sydney, Hong Kong, Londres, levou a sua experiência para o Terra Madre: “Porque atribuímos às nossas entidades locais a tarefa de lidar com os nossos resíduos de cozinha, em vez de reconhecer o seu papel extraordinário no ciclo de crescimento? Não basta entregar um equipamento para compostagem. Criamos uma infraestrutura social: clubes de compostagem para compartilhar informações e apresentamos moradores do mesmo bairro para que pudessem ficar em contato, aproveitando os resíduos de cozinha transformando-os em compostagem”.

A indústria de catering, restauração e afins mostrou que a qualidade de um alimento está inextricavelmente ligada à história e ao conhecimento sobre sua origem e produção. A Aliança de Cozinheiros Slow Food está a criar, através de um processo participativo, formatos para cozinheiros, com o objetivo de torná-los também educadores para diferentes grupos-alvo. Educadores, cozinheiros e ativistas da rede Slow Food participaram do Terra Madre, fortalecendo esse processo.

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