Com mais de 20 anos de experiência, os administradores do Subic Group refletem sobre a evolução do setor. Hoje há uma maior preocupação com a automatização, nomeadamente dos processos, mas também pela facilidade de execução, pelo rigor imposto pela regulação – e que atravessa toda a cadeia de valor – e pelo aparecimento de novos formatos, que obrigam a novos investimentos por parte dos fabricantes e dos clientes.
O que vimos desde o início, por parte das pessoas e das empresas, é uma necessidade cada vez maior de automatização. Há 20 anos já se falava disso, mas não se avançou porque havia muita mão-de-obra. Então as coisas funcionavam. Entretanto o mercado começou a exigir mais de quem é produtor, mais de quem tem uma indústria.
Hoje há uma procura pela automatização, pela digitalização e pelo controlo de processos. Atualmente para vender a determinados grupos começa a ser necessário ter certificações específicas. Não é possível fazer negócios sem cumprir determinados requisitos e para esses requisitos é necessário investimento. E é aí que entra a necessidade de automatização dos processos, necessidade de estabilização e a necessidade de pessoas mais qualificadas. A falta de recursos humanos também tem ajudado nesse processo.
Verdade. Tudo isto faz com que a indústria tenha evoluído muito nos últimos anos, principalmente no que toca à rapidez e à velocidade de execução dos processos e também o reaproveitamento, em alguns casos, daquilo que teoricamente são excedentes. Não há desperdício e estamos a falar de produtos em condições, e não de quebras. Antigamente eram quebras, hoje são reaproveitadas porque o mercado também aceita esse tipo de alimentos. Com isto surgiram novas oportunidades para nós e para as indústrias que, naturalmente, começaram a poder produzir outro tipo de alimentos e para quais tiveram de investir noutro tipo de equipamentos. onde entramos nós com as nossas soluções.
O rigor atravessa toda a cadeia de valor. Incluindo os fornecedores que têm de adaptar os equipamentos para cumprir esse mesmo rigor. Nomeadamente ao nível da higienização, com ênfase no nível de controle bacteriológico e microbiológico. É algo que não é negociável.
Há ainda o cuidado na construção dos equipamentos. Antigamente privilegiava-se a funcionalidade. Era para durar. As máquinas eram fortes e feias. Eram assim que eram fabricadas. Hoje presta-se atenção a outras coisas, nomeadamente a indústria 4.0, ou seja, a comunicação interna dos equipamentos com o exterior, que nos permite fazer suporte e manutenção mais rapidamente.
Podemos falar das balanças de livre-serviço. Num supermercado, na zona da fruta a máquina, quando o cliente coloca a fruta na balança, consegue identificar o tipo de fruta. O que é que isto permite? Para o cliente é uma experiência diferente, mas para o proprietário do supermercado é uma redução de uma quebra e de uma fraude, que ainda existe muito. Este é o principal objetivo. É verdade que vamos dar uma boa experiência de utilização, mas tem um fundamento que é reduzir a quebra para as grandes superfícies.
Parece simples, mas implica muito trabalho de desenvolvimento. É um processo que se está a criar para reduzir e melhorar a eficiência das lojas. As primeiras implementações que se fizeram em Espanha, por exemplo, permitiram reduzir a quebra para 2,4% quando antes eram de cerca de 20%. Assim é fácil ao cliente perceber o retorno que vai ter.
O mesmo acontece com as caixas de self-checkout e os quiosques self-order (nas cadeias de fast-food). A razão é que o ticket médio aumenta consideravelmente quando o cliente faz a sua escolha sozinho.
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