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Novas tendências gastronómicas saudáveis

Universidade de Coimbra avalia presença de vírus e bactérias em macroalgas e halófitas

24/06/2024
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Faculdade de Farmácia (FFUC), avaliou a presença de vírus e bactérias em macroalgas e halófitas da costa continental portuguesa.
Elsa Teresa Rodrigues, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE)...
Elsa Teresa Rodrigues, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), e coordenadora do estudo

Em causa está a crescente associação daqueles produtos a novas tendências gastronómicas saudáveis. Este reconhecimento do interesse pela inclusão de algas em receitas culinárias como alimentos não processados, e de modo a avaliar possíveis efeitos adversos devido ao seu consumo em Portugal, conduziu à realização do estudo “Portuguese macroalgae and halophytes for human consumption: minimal risk of Norovirus and Salmonella infection” .

O artigo, publicado na revista científica Food Control, avaliou a presença de Norovirus e Salmonella, agentes patogénicos responsáveis por infeções graves e com possível transmissão através da ingestão de alimentos contaminados, em cerca de 50 amostras recolhidas desde Vila do Conde até Cascais.

“Este estudo mostrou a grande qualidade das águas costeiras portuguesas no que diz respeito à presença de Norovirus e Salmonella em macroalgas. No entanto, a bactéria Salmonella foi detetada numa halófita recolhida numa das praias amostradas, o que realça a importância de a população não apanhar espécimes em meio natural para uso culinário”, destaca Elsa Teresa Rodrigues, investigadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), e coordenadora deste estudo.

Joana Oliveira, uma das investigadoras, a executar trabalho de laboratório

Joana Oliveira, uma das investigadoras, a executar trabalho de laboratório

De acordo com esta investigação, as informações sobre os potenciais perigos microbiológicos em macroalgas e halófitas comestíveis são escassas, e os métodos normalizados para deteção de Norovírus em vegetais não foram ainda validados para este tipo de produtos alimentares.

Assim, explica a investigadora, «o método normalizado internacionalmente NF EN ISO 15216-2 foi aplicado em 57 amostras, tendo sido validado para 72% das amostras. Os resultados mostram que o método é adequado para macroalgas verdes e vermelhas, bem como para halófitas, mas que tem de ser otimizado para macroalgas castanhas. A presença de Salmonella foi ainda avaliada em 46 amostras usando o método internacional ISO/FDIS 6579, e foi detetada numa halófita», conclui.

Em 2020, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) reconheceu o possível impacto negativo das alterações climáticas na qualidade dos produtos usados para consumo humano, nomeadamente na magnitude de algumas doenças com origem alimentar, incluindo as causadas por Norovírus e a Salmonella.

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