Segundo o CeNTI, a embalagem terá incorporada uma etiqueta inteligente que, ao ser acionada pelo utilizador, por intermédio de um botão, liberta antioxidantes de forma duradoura e controlada, capazes de retardar a oxidação/deterioração do produto sem comprometer a respetiva qualidade e sabor característico.
Como explicam os responsáveis do projeto, “a etiqueta estará integrada no material que compõe a tampa, não sendo, por isso, visível. A única parte que ficará visível será um botão e um led que permitirá perceber se a etiqueta está ou não ativa. O material utilizado é um polímero passível de ser utilizado neste tipo de situações”.
Segundo os investigadores, não está identificada, no mercado, uma solução com estas características, facto que a torna inovadora e diferenciadora: “As embalagens atuais não asseguram a estabilidade oxidativa dos produtos à base de gordura, que pode ser afetada pelas condições de transporte e/ou armazenamento mesmo dentro do período de validade. Neste caso, o que pretendemos é precisamente isso, criar uma solução tecnológica que maximize o tempo de vida útil do produto durante o prazo de validade”.
O potencial de negócio é elevado. Principalmente nos mercados internacionais. Como referem os cientistas, “a expectativa é alta devido à inovação que está associada, o que origina um elevado interesse pelos parceiros empresariais envolvidos no Projeto, que pretendem começar a explorar mercados internacionais com este tipo de solução”.
O projeto teve início em agosto de 2019 e terminou no mês passado, sendo que “neste momento, já temos alguns protótipos em fase de testes de caracterização para aplicação final e onde é possível observar o correto funcionamento da etiqueta inteligente”, afirmam os responsáveis.
ialimentar.pt
iAlimentar - Informação profissional para a indústria alimentar portuguesa