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Exportar para a China: um mercado em crescimento com oportunidades no agroalimentar

21/01/2023
Os dados e números são elucidativos. É o país mais populoso do mundo e tem o segundo maior PIB mundial, em termos nominais. A China tem mais de mil milhões de habitantes e uma economia cada vez mais voltada para o consumo e serviços.
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Com um consumo privado em tendência ascendente e uma inflação controlada, a China é um mercado prometedor, mas não isento de desafios.

Apesar de ser um país exportador, a China fez, em 2021, importações no valor de 2 685 mil milhões de dólares, sobressaindo produtos como Máquinas e Aparelhos (33,5% do total das importações), Combustíveis Minerais (15,0%), Minerais e Minérios (11,0%), Produtos Químicos (7,31%) e Produtos Agrícolas (6,6%).

A balança comercial entre Portugal e a China é deficitária para o nosso país, uma tendência que tem crescido nos últimos anos. Entre 2017 e 2021 as exportações desceram em média 3,9% por ano e as importações cresceram 17,7%.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a China foi o 14º cliente das exportações portuguesas de bens em 2021, representando 1,1% no total. Metais Comuns (20,1% do total), Minerais e Minérios (14,5%), Pastas Celulósicas e Papel (10,9%), Máquinas e Aparelhos (10,8%) e Produtos Agrícolas (10,0%) foram as principais categorias de produtos vendidas para o mercado chinês.

Da China para Portugal vieram sobretudo Máquinas e Aparelhos (48,0% do total), Metais Comuns (7,7%), Matérias Têxteis (6,4%), Produtos Químicos (6,3%) e Plásticos e Borracha (5,2%).

E-commerce, alimentação ou tecnologia: os caminhos para o mercado chinês

Atendendo às necessidades do mercado chinês e às características do tecido produtivo português, existem, sem dúvida, razões para que as empresas portuguesas possam olhar para a China como uma oportunidade.

Entre as áreas com maior potencial de exportação estão setores como o agroalimentar, vinhos, inteligência artificial, soluções e equipamentos de tecnologia avançada, fileira casa, cuidados de saúde e life sciences, indústria de tecnologia verde e mobilidade elétrica, bens de luxo e serviços como construção e cooperação em mercados terceiros.

Sendo a China o maior mercado de e-commerce do mundo, será interessante pensar nas vendas online como uma forma de chegar ao mercado chinês. Recorde-se que o Alibaba, o maior marketplace B2B a nível mundial, tem sede na China. Esta plataforma tem, desde outubro de 2021, um agregador para produtos do setor agroalimentar nacional, criado pela AICEP e AMVOS Digital.

Desafios

Para exportar para a China é fundamental conhecer o quadro regulamentar, nomeadamente as regras em vigor e a existência de acordos comerciais que possam minimizar os obstáculos que surgem ao negociar com um país extracomunitário.

Existe entre a União Europeia (UE) e a China um Acordo de Cooperação Comercial e Económica, de natureza não preferencial. Ou seja, não há lugar a isenções ou reduções das taxas dos direitos aduaneiros, vigorando, entre as duas partes, o tratamento da nação mais favorecida. O que significa, na prática, que nenhuma das partes discrimina os produtos vindos da outra.

Ao exportar para a China há ainda a ter em conta algumas cautelas na abordagem ao mercado. A AICEP alerta para a importância de recorrer ao apoio de um despachante oficial, importador ou assessor jurídico, para que possa ter orientações sobre requisitos de bens, rotulagem e outras questões relacionadas com as transações comerciais e negócios.

Onde encontrar informação?

No caso das exportações de produtos alimentares, o portal da Direção Geral de Alimentação e Veterinária é uma fonte de informação importante sobre procedimentos e requisitos nas exportações para este país asiático.

Também no site Portugal Exporta, da AICEP, pode descobrir outros dados e fontes essenciais para que possa avaliar as oportunidades e desafios do mercado chinês.

Ao registar-se na área de cliente MY AICEP poderá ter acesso a conteúdos especializados e a ferramentas úteis para o processo de internacionalização. Além disso, pode contar com o apoio da AICEP para analisar se a sua empresa tem os requisitos necessários para começar a exportar com sucesso para o mercado chinês.

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