O volume de vendas no setor do Retalho (Alimentar e Especializado) decresceu 1,5% em 2020 face ao ano anterior, atingindo um volume de vendas de 22.653 milhões de euros, revela o Barómetro de Vendas de 2020 da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.
Num ano fortemente condicionado pelas restrições impostas devido à pandemia de Covid-19, o Retalho Especializado foi a área mais penalizada, registando uma variação global de -17,7% no volume de vendas, que foi ainda mais negativa em mercados específicos, como o caso do vestuário, com quebras de -32,5%.
O Retalho Alimentar apresentou um aumento de 8,1% do volume de vendas no ano de 2020 face ao ano transato.
Em sentido contrário esteve a venda de smartphones, com uma variação negativa de -6,5% face a 2019, livros, com -16,6%, e consolas, com -3,8%. O mercado que registou a maior quebra no Retalho Especializado foi o do vestuário, com uma variação de -32,5% do volume de vendas.
Num período em que o comércio eletrónico ganhou um novo impulso por força das circunstâncias, o Barómetro de Vendas APED indica que o peso do e-commerce no total das vendas do Retalho Alimentar foi de 3% e no Retalho Especializado foi de 14,9%.
Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, considera que os números de 2020 mostram um “setor resiliente, mas onde inevitavelmente a desaceleração económica do país se fez sentir de forma intensa. Se por um lado o Alimentar aumentou as suas vendas e cumpriu a sua missão de 'alimentar Portugal', por outro o Especializado, apesar da sua capacidade de adaptação aos canais digitais, foi muito fustigado pelas medidas tomadas pelo Governo para conter a pandemia, algumas delas que, do nosso ponto de vista, não tiveram o correto equilíbrio entre economia e saúde pública”.
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