ENTREVISTA 36 de calor são mais eficientes que as caldeiras com gastos energéticos muito mais baixos. Temos casos de retorno de investimento em menos de um ano. A limitação era a capacidade de ultrapassar os 80°C. Por outro lado, a eficiência declarada é real já que as unidades são testadas em laboratório sempre na premissa 'Fazemos o que dizemos e Dizemos o que fazemos'. No caso da produção de Glicol, não se pode comparar a eficiência de uma máquina projetada e montada no local sem qualquer teste feito em laboratório e sem certificação. Ninguém pode garantir qual o rendimento de uma unidade destas antes e depois da assemblagem dos diversos componentes em obra. Na área da pasteurização, também há muita procura das soluções Trane? Quais e com que objetivo? A área da Pasteurização é um exemplo claro onde podemos ser muito úteis, baixando drasticamente a fatura e até simplificando o sistema existente nas explorações. Dependendo do processo de pasteurização em questão podemos, com apenas uma unidade, fazer a água quente para a pasteurização e no lado ‘frio’ da unidade produzir água gelada para o processo de arrefecimento dos produtos. No caso de sistemas mais ‘radicais’ com temperatura de água mais alta para baixar os tempos de produção, temos soluções em cascata. Com este tipo de soluções significa que podemos produzir a água gelada para o arrefecimento do produto, e de forma grátis produzida por essa mesma unidade, podemos alimentar a fonte fria da bomba de calor de alta temperatura que fará o boost para 110...120°C no lado da água quente. Cada caso é um caso, mas temos soluções, têm de ser analisadas para a aplicação em questão. Quais são os vossos objetivos para 2023 em Portugal neste segmento de mercado? Vamos investir fortemente nesses setores da indústria alimentar, estamos a contratar profissionais nessas áreas, quer a nível comercial para ajudar os clientes na tomada de decisão, como a nível técnico para estarmos preparados para o mercado da muito Alta e da muito Baixa temperatura. Felizmente já temos muita experiência nestes setores, onde temos instaladas dezenas de unidades tradicionais. O que temos de fazer é dar o passo seguinte e ajudar os clientes a serem mais competitivos aplicando soluções inovadoras. Como avalia a indústria alimentar portuguesa e de que forma olha para as necessidades de descarbonização e eficiência de recursos? A indústria alimentar é um mercado onde se pode fazer muito pela eficiência energética e consequentemente descarbonizar. Tradicionalmente a indústria alimentar recorre a soluções ‘clássicas’, como caldeiras para aquecimento e instalações a amoníaco ‘feitas à medida’ na produção de glicol a baixa temperatura. Temos, no lado dos fabricantes, produtos inovadores. Fazer chegar a mensagem de que podem fazer melhor e com ganhos energéticos enormes é o desafio. Penso que existe uma lacuna grande nesta indústria, onde os profissionais não sabem que existem todas estas novas tecnologias que os podem fazer ficar muito mais competitivos. Quem não as abraçar terá de enfrentar competidores que se vão tornar mais eficientes porque simplesmente deram estes passos. No que toca a metas empresariais, como encara a Trane o mercado nacional a curto, médio prazo e que estratégias definiram para os próximos anos? Vamos continuar focados num serviço técnico de referência no mercado, com profissionais específicos para o setor e não generalistas. Com esta abordagem nos serviços técnicos sabemos, por experiência, que com o tempo os clientes acabam por reconhecer a maior valia da Trane. Associado a isso, tal como mencionado acima, vamos investir em novas tecnologias inovadoras que irão servir os clientes de forma eficiente, descarbonizando a indústria e trazendo mais competitividade a quem estiver connosco. n “Tradicionalmente, a indústria alimentar recorre a soluções ‘clássicas’, como caldeiras para aquecimento e instalações a amoníaco ‘feitas à medida’ na produção de glicol a baixa temperatura. Temos, no lado dos fabricantes, produtos inovadores. Fazer chegar a mensagem de que podem fazer melhor e com ganhos energéticos enormes é o desafio”
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