BF17 - iAlimentar

26 DOSSIER CADEIA DO FRIO Eficiência energética na indústria alimentar A eficiência energética é hoje uma prioridade estratégica para a indústria alimentar, setor que, segundo o estudo 'Global Food Systems Are Under Pressure. Innovation Hubs Can Help', do Boston Consulting Group (BCG) em parceria com o World Economic Forum, é responsável por um terço das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, 70% do consumo mundial de água doce e 80% da desflorestação a nível global. IEP Face a este impacto expressivo nos recursos naturais e no clima, torna-se fundamental implementar práticas de gestão e otimização energética que permitam à indústria alimentar reduzir o seu consumo de energia, aumentar a eficiência e minimizar a pegada ambiental. O IMPACTO ENERGÉTICO DA INDÚSTRIA ALIMENTAR O setor alimentar envolve processos altamente intensivos em energia – desde a produção agrícola, passando pelo processamento e armazenamento, até à distribuição dos produtos. As operações de refrigeração, aquecimento, pasteurização, conservação e transporte representam uma significativa fatia do consumo energético global do setor. Com o crescimento da população mundial e o consequente aumento da procura por alimentos, a pressão sobre os recursos energéticos será ainda maior nos próximos anos. Sem uma transformação efetiva, o setor poderá ver o seu contributo para as emissões de gases com efeito de estufa e para o consumo de energia crescer de forma insustentável. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA COMO ESTRATÉGIA DE COMPETITIVIDADE Reduzir o consumo de energia na indústria alimentar não é apenas uma questão ambiental, mas uma necessidade económica. A implementação de medidas de eficiência energética permite: - Reduzir os custos operacionais, através da otimização de processos energéticos intensivos. - Aumento da competitividade, ao garantir produtos mais sustentáveis e atraentes para consumidores cada vez mais conscientes. - Cumprimento de regulamentações ambientais e preparação para possíveis taxas sobre carbono e restrições energéticas futuras. - Minimização de riscos de escassez de recursos, como água e energia. A adoção de práticas, como a gestão inteligente do consumo, a modernização de equipamentos energéticos e o aproveitamento de energias renováveis, permite ganhos significativos de eficiência e redução de impacto ambiental.

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