47 ENOLOGIA de produtores é bastante baixo é o processo técnico de desalcoolização, que não pode ser efetuado por conta própria pelos pequenos e médios produtores. Os sistemas necessários para este processo só são oferecidos por alguns grandes fabricantes especializados e prestadores de serviços que, em parte, especificam determinadas quantidades mínimas para o fabrico por encomenda. Para alguns produtores, estas quantidades mínimas são (ainda) demasiado elevadas. Uma solução poderia consistir em algumas empresas produzirem um vinho de base desalcoolizado em conjunto para depois o comercializarem com os seus próprios rótulos, como já se faz na região vinícola alemã de Rheingau. A produção de vinhos 'no-low' pode ser controlada até certo ponto pelos próprios produtores através de medidas vitivinícolas e enológicas adequadas. Muitas empresas informaram que estão a experimentar e a procurar formas de produzir vinhos de qualidade com baixo volume de álcool, especialmente nos países mais afetados pelas alterações climáticas, onde o teor de açúcar nas uvas e, consequentemente, o teor de álcool dos vinhos já aumentou claramente. No entanto, a desalcoolização parcial para volumes mais baixos, como 5% ABV (Alcohol By Volume), requer instalações especiais. INTERESSE COMERCIAL PELOS PRODUTOS 'NO-LOW' A tabela mostra a percentagem de comerciantes por país, que tencionam incluir nas suas listas novos vinhos 'no-low', com referência às empresas que consideram que é uma tendência (coluna da esquerda) e com referência a todos os vendedores (coluna da direita). Uma vez mais, torna-se evidente a diferença entre as categorias “low“e”no-low”. É evidente que existe um interesse claramente maior em incluir vinhos com baixo teor alcoólico. Nos Estado Unidos, por exemplo, um em cada dois inquiridos (47%) pretende incluir novos vinhos com baixo teor alcoólico, mas apenas um em cada doze (8%) procura vinhos sem álcool. Também na Noruega, esta percentagem é de 44% para os vinhos com pouco álcool e de 20% para os vinhos sem álcool. Só nos Países Baixos (21%) e na Alemanha (18%) é que os vendedores estão ligeiramente mais interessados nos vinhos sem álcool do que nos vinhos com pouco álcool. A INOVAÇÃO, MOTOR DAS VENDAS DO FUTURO Para os próximos anos, os especialistas esperam muitas inovações no setor das bebidas sem álcool, desenvolvidas para satisfazer ainda mais o gosto e as necessidades dos consumidores. Uma bebida análoga ao vinho sem álcool não tem necessariamente de ser obtida a partir de vinho desalcoolizado: os primeiros produtos experimentais com chá, extratos de lúpulo e outros ingredientes já estão a dar resultados, como demonstra o espumante rosé sem álcool Kylie. n Dez principais mercados de venda de rosés e tintos 'no-low'. ROSÉS TINTOS 1 Dinamarca 78% 1 Dinamarca 83% 2 Noruega 67% 2 Suécia 76% 3 Bélgica 62% 3 Canadá 64% 4 Reino Unido 60% 4 Estados Unidos 63% 5 Alemanha 56% 5 Noruega 56% 6 Áustria 55% 6 Espanha 53% 7 França 49% 7 Portugal 49% 8 Canadá 45% 8 Reino Unido 47% 9 Estados Unidos 43% 9 Itália 48% 10 Portugal 43% 10 Bélgica 38% BAIXA GRADUAÇÃO SEM ÁLCOOL 1 Estados Unidos 47% 1 Reino Unido 29% 2 Noruega 44% 2 Países Baixos 21% 3 Reino Unido 42% 3 Noruega 20% 4 Canadá 30% 4 Espanha 18% 5 Suíça 20% 5 Alemanha 18% 6 Países Baixos 18% 6 Finlandia 18% 7 Portugal 17% 7 Bélgica 11% 8 Alemanha 13% 8 Suíça 10% 9 Dinamarca 10% 9 Dinamarca 9% 10 Itália 10% 10 Estados Unidos 8% Lista dos países mais otimistas na sua intenção de introduzir vinhos sem álcool ou com baixa graduação alcoólica.
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