Informação profissional para a indústria alimentar portuguesa

Futuro da alimentação é colaborativo

26/05/2021

A colaboração entre os diversos intervenientes do sistema alimentar é a chave para o sucesso dos futuros modelos de alimentação. Esta foi uma das conclusões do webinar promovido pela FIPA, em colaboração com a Deloitte, sobre o 'Futuro da Alimentação – perspetivas, tendências, caminhos'.

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Traçando um balanço "bastante positivo", Pedro Queiroz, Diretor-Geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), defende, em declarações à iALIMENTAR, que este evento "demonstra, em primeiro lugar, a importância do diálogo entre estruturas associativas e parceiros de relevância, como o caso dos profissionais da nutrição, que têm um papel ativo no sistema alimentar. O presente e o futuro da alimentação estão inteiramente relacionados com esta capacidade de colaboração e cooperação. Isto porque, o sucesso das ações individuais, levadas a cabo por cada um destes elos, nomeadamente pelas empresas, é reforçado pela sua capacidade de articulação na cadeia de valor e pelo impacto positivo junto dos consumidores".

O responsável diz-nos ainda que "este posicionamento colaborativo vem sustentar, também, um diálogo mais concertado – e acreditamos, que mais eficaz - junto dos decisores políticos dando visibilidade a argumentos que nos possam permitir canalizar para a cadeia alimentar importantes apoios e financiamentos à economia e ao desenvolvimento de ações nas áreas que, inclusive, estiveram em destaque neste encontro, como a inovação, a investigação, a digitalização, a sustentabilidade, a educação alimentar e a nutrição especializada".

Em resumo, "a mensagem que deixamos deste evento é precisamente que devemos continuar a apostar na evolução desta cooperação entre setores, para que tenhamos, de facto, sistemas alimentares mais sustentáveis do ponto de vista económico, social e ambiental", conclui.

Na intervenção inicial do webinar, Jorge Tomás Henriques, Presidente da FIPA, elencou os principais desafios que a indústria portuguesa agroalimentar tem pela frente. Entre estes estão a inovação alimentar, a reformulação de produtos e a diversificação da oferta, bem como os múltiplos desafios nos campos da sustentabilidade, da digitalização, da capacitação de recursos humanos, da cooperação e colaboração entre parceiros, direta e indiretamente, relacionados com a cadeia alimentar.

“O compromisso da FIPA tem sido, juntamente com os seus associados, trilhar um percurso sólido nestas áreas”, realçou Jorge Tomás Henriques, afirmando que “o futuro deve passar pela conjugação de fatores que permitam a valorização da produção nacional no mercado interno e o reforço estratégico da exportação e internacionalização” e que “é essencial que sejam criadas condições de promoção e captação de investimento e de capitalização do seu tecido empresarial da indústria agroalimentar, composto em mais de 90% por micro, pequenas e médias empresas”.

Este evento digital contou também com a participação de Randy Jagt, Partner de Consumer Business and Retail na Deloitte Holanda e um dos membros da área 'Future of Food'.

Em resumo, entre os principais pontos abordados pelo especialista estão a sustentabilidade e o impacto ambiental da cadeia alimentar; a transição digital, nomeadamente o contributo da automação, da inteligência artificial e do machine learning para o aumento de produtividade e do conhecimento a diferentes níveis como a agricultura, a indústria, a logística, o genoma e a nutrição personalizada; e a saúde e bem-estar, com questões relacionadas com os perfis de consumidor - mais consciente e ativo - e a todas as suas mudanças comportamentais.

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Sistemas alimentares sustentáveis

O debate sobre o futuro da alimentação foi feito, também, com o contributo e as perspetivas da nutrição e saúde, produção agrícola, indústria e distribuição, setores representados respetivamente por Alexandra Bento (Bastonária da Ordem dos Nutricionistas), Luís Mira (Secretário-Geral da CAP), Pedro Queiroz (Diretor-Geral da FIPA) e Gonçalo Lobo Xavier (Diretor-Geral da APED).
Para Alexandra Bento o futuro da alimentação “terá de ser necessariamente responsável para que possamos conseguir que os consumidores tenham acesso e direito a uma alimentação que seja equilibrada”.
Já na perspetiva da produção primária, Luís Mira destacou que “a alimentação do futuro que terá que ser uma alimentação baseada nos produtos mediterrânicos, sendo aqueles que conseguimos produzir com sustentabilidade, que estão perto do consumidor e são comprovadamente saudáveis”, sublinhando, igualmente, que deve ser “uma alimentação com consumidores informados – com base na educação alimentar como determinante – e para a qual terá de haver diálogo e trabalho em conjunto entre todos os intervenientes”.
Uma ideia defendida também pela indústria agroalimentar. “A alimentação de futuro, inevitavelmente, vai ter de derivar de sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos e colaborativos, que abranjam todo o sistema alimentar”, assinalou Pedro Queiroz. “Teremos de ter alimentos que somem à inocuidade e ao valor nutricional – para o qual é importante a ciência, incluindo a área da nutrição – o fator sustentabilidade, sendo que não podemos, ao mesmo tempo, desligar a alimentação do prazer e das novas experiências que o consumidor procura”.
Gonçalo Lobo Xavier, que realçou o papel preponderante e decisivo do consumidor na definição do futuro nesta área, afirmou que “a alimentação deverá ser sustentável, responsável e informada, bem como equilibrada, de proximidade e para todos”.

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